X, 1974
A câmara focaliza um olho. Este ocupa toda a tela. A câmara parada constitui o que está fora da cena. Esta é o outro olho que observa desde fora. O outro elemento é o perigo -a tesoura cortante- e os traços de sangue.
Vídeo super8 transcrito em vídeo digital em 2000
Roteiro/Direção /Montagem: Anna Maria Maiolino
Música: Vania Dantas Leite
Fotografia: Max Nauenberg
09.07.22
18h00
Local: Galpão CRU – R. Cruzeiro, 802 – Barra Funda, São Paulo
Ingressos gratuitos por ordem de chegada.
Local sujeito a lotação máxima.É necessário a apresentação do passaporte da vacina.
Y , 1974
Um grito e os olhos vendados de uma personagem se sucedem a espaços negros no tempo. Registro do momento presente, a repressão militar.
Super 8 transcrito em vídeo em 2000
Roteiro/Direção/Montagem: Anna Maria Maiolino
Música: Vânia Dantas Leite
Voz: Márcia Taborda
Fotografia: Max Nauenberg
+ & – (mais e menos), 1999
A câmara totalmente parada focaliza duas mãos com grande aproximação. Estas e os dedos são os personagens autônomos do corpo e que estabelecem um diálogo. A fala se apoia na dramaticidade poética, em busca de outros significados.
Filmado em H8 e transcrito em vídeo digital em 1999
Música: Vânia Dantas Leite
Argumento: Anna Maria Maiolino
Fotografia: Anna Maria Maiolino
Voz: Marcia Taborda
Edição: Anna Maria Maiolino e Paulo Humberto Moreira
Obra, Vídeo Instalação, 2002
Vídeo instalação com música eletroacústica, mantendo sempre o leitmotiv Obra. A composição musical tem como base os sons captados no desenvolver de uma obra arquitetônica, que são modificados eletronicamente. Desconstrução e reconstrução. Recriação de registros documentais desta obra, de forma poético-visual, ressaltando o trabalho braçal, o fazer, a continuidade da realização física do trabalho. Obra como processo, obra como metáfora da arte e da vida. Este trabalho consta de 4 vídeos de 7 minutos cada, que são projetados em loop simultaneamente.
Projeto: Vídeo da instalação “Obra”, Atelier Rio Comprido, RJ
Direção e imagens: Valéria Costa Pinto
Desenho de som: Vania Dantas Leite
Edição: Carlo Sansolo
“O vídeo Obra, tem um processo muito artesanal e doméstico. Estava fazendo obra de renovação num casarão do séc. XIX, para servir de atelier. Comecei a filmar tudo e percebi 4 etapas diferentes e simultâneas: telhado, estrutura metálica, marcenaria e alvenaria. Era uma sinfonia de efeitos visuais e sonoros. Imediatamente pensei numa ópera e me lembrei de Vania. Ela foi me visitar e se interessou em ver o material depois de pronto. E assim foi. Levei mais de um ano filmando com uma antiga filmadora HI 8, e depois levei mais um bom tempo para conseguir selecionar e editar o material. Depois de pronta a edição , ela gostou das imagens, recriou os sons e fez a composição. Fizemos a apresentação no próprio atelier com 4 projeções. Um díptico em grande formato na parte central do atelier, outra projeção no chão e outra na televisão. Foi muito bonito ver a obra dentro do atelier já pronto. Depois disso o trabalho foi para o mundo, sendo projetado em vários lugares diferentes.”
Valéria Costa Pinto
Longe ao Sul, 2014
Vídeo instalação com três projeções distintas e complementares. O vídeo privilegia o olhar estrangeiro, mas próximo e afetivo da poeta americana Elizabeth Bishop sobre o Brasil, e em especial, sobre Ouro Preto, cidade onde viveu nos anos 60. Às imagens filmadas em janeiro de 2014 na célebre cidade histórica mineira foram entrelaçados fragmentos de três poemas de Bishop escritos no Brasil: “Questões de Viagem, Chegada em Santos e Pela Janela:Ouro Preto. O som presente na vídeo instalação, foi concebido a partir de alguns pedaços sonoros gravados no local.
Concepção e direção: Valéria Costa Pinto
Desenho sonoro: Vânia Dantas Leite
Edição e finalização: Célia Freitas
Fotografia: Diogo de La Vega e Valéria Costa Pinto
Assistente de produção: João Henrique Costa
Texto: Masé Lemos
Fragmentos de poesia retiradas do livro:
Poemas Escolhidos, Elizabeth Bishop, tradução de Paulo Henriques Britto.
São Paulo, Companhia das Letras, pp. – 219, 229, 313, 315.
Junho de 2014
“O vídeo Longe ao sul, o processo foi diferente. Fui contemplada com um prêmio para realizar o projeto. Formei uma pequena equipe e fomos para Outro Preto. Tinha um layout do que queria, expliquei a idéia e deixei todos livres para captar imagens e sons. Uma das telas, seria a geografia do local, com suas montanhas e construções históricas. Na outra, a vida cotidiana e pacata da cidade como Elizabeth Bishop descreve nas suas poesias e na terceira, a casa da poeta, seus objetos íntimos, suas pinturas e poesias. Tudo em camadas de presente e passado. Foram 4 dias maravilhosos por lá e conseguimos um material muito bom. Vania então captou os sons e criou outros. Fiz a edição e a partir das imagens, ela projetou o som para dois canais, de forma a espacializar os sons. Ficou um trabalho lindo.”
Valéria Costa Pinto
DesConcerto, 2003
DesConcerto é um movimento no sentido de encontrar novas formas de comunicar as novas músicas, oferecer ao público uma situação de interação perceptiva mais adequada às novas linguagens. O espetáculo propõe um jogo entre diferentes práticas musicais, dentro e fora da sala de concerto. Espacializando a narrativa, expandindo o espaço de ocupação do teatro para criar esta convergência entre o dentro e o fora, o repertório apresenta músicas que interagem com imagens, concertos de rua documentados em áudio-visual e processamentos em tempo real, através das mais diferentes interfaces digitais. Na concepção da ocupação do espaço no contexto do concerto, Vania Dantas Leite e a artista multimídia Simone Michelin que assinam também as composições de música e vídeo em primeira audição. Criando e comandando os processamentos em tempo real, a compositora Elaine Thomazi Freitas.
Argumento e dinâmica do concerto: Vânia Dantas Leite
Roteiro e dinâmica espacial do sistema: Simone Michelin
Música: Vânia Dantas Leite
Vídeos: Simone Michelin (direção/edição/gravação)
Processamentos a tempo real: Elaine Thomazzi de Freitas.